Dólar opera em baixa acentuada, perto da barreira dos R$ 5

No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,13%, cotada a R$ 5,1253.

Dólar opera em baixa acentuada, perto da barreira dos R$ 5

O dólar opera em baixa nesta sexta-feira (4), com os investidores repercutindo a divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos, nos resultados da Petrobras e pelo avanço nas negociações para a transição do governo.

Às 14h33, a moeda americana recuava 1,83%, vendida a R$ 5,0315. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,0233. Veja mais cotações.

Na quinta-feira (3), o dólar subiu 0,13% e fechou o dia vendido a R$ 5,1253. Com o resultado, a moeda acumulou queda de 3,31% na semana, de 0,78% no mês e de 8,06% no ano frente ao real.

 

O que está mexendo com os mercados?

 

O dia nos mercados globais é mais positivo nesta sexta, o que gera um maior apetite a risco - ou seja, os investidores tendem a investir em outros ativos além daqueles considerados mais seguros, como é o caso do próprio dólar e dos títulos públicos dos EUA. Assim, moedas de outros países ganham força contra a moeda americana, como o real.

Nos EUA, investidores repercutem os números do payroll, o relatório de empregos mais importante do país. O desemprego cresceu 0,2% na maior economia do mundo em outubro, chegando a 3,7%. No entanto, foram criadas 261 mil vagas de trabalho, acima das expectativas do mercado, que apontavam para cerca de 200 mil novos postos.

Na China, notícias positivas sobre o controle dos casos de covid-19 também ajudam a animar os investidores. De acordo com informações da Reuters, o ex-epidemiologista-chefe do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças afirmou que, em breve, o país terá mudanças na política de covid zero.

Com melhores perspectivas para a economia chinesa, que um dos principais países demandantes de diversos produtos do mundo, o petróleo e o minério de ferro operam em alta nesta sexta, o que também beneficia o Brasil, segundo especialistas.

Como o país é um importante exportador de commodities, algumas das maiores empresas brasileiras listadas em bolsa são exportadoras e ganham atratividade em momentos de valorização dos produtos no exterior. Assim, mais investidores internacionais alocam seus recursos nesses papéis, gerando uma variação positiva para a moeda nacional.

No cenário político, ontem, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), encontrou-se nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, no que foi a primeira reunião para tratar da transição para o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Alckmin foi escolhido por Lula para coordenar a equipe de transição. Ciro, por sua vez, chefia os trabalhos pelo lado do governo Bolsonaro. O vice-presidente informou que nomes da equipe de transição devem ser anunciados a partir da próxima segunda-feira (7).

 

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/11/04/dolar.ghtml