Ibovespa fecha em alta após acordo para elevar teto de gastos por apenas um ano na PEC da Transição
O índice subiu 2,03?echou aos 106.864 pontos.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, encerrou a sessão desta terça-feira (20) em alta, na medida em que investidores mantinham a PEC da Transição no radar. A proposta prevê aumentar o teto de gastos para bancar os benefícios sociais que são as principais promessas de campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao final da sessão, a Bolsa de Valores brasileira fechou com alta de 2,03%, a 106.864 pontos. Veja mais cotações.
No dia anterior, o Ibovespa subiu 1,83%, aos 104.740 pontos. Com o resultado desta terça-feira, o índice acumula queda de 5,0% no mês. No ano, no entanto, passou a acumular alta de 1,95%.
O que está mexendo com os mercados?
O principal destaque desta terça-feira (20) ficou com o acordo feito na Câmara dos Deputados para reduzir a o prazo para elevação do teto de gastos na PEC da Transição para um ano. As declarações foram feitas pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA), após encontro de parlamentares com membros do governo eleito.
A expectativa é que o valor de R$ 145 bilhões para o pagamento do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) e o espaço fiscal em cima do excesso de arrecadação sejam mantidos.
Para aprovar as propostas, são necessários pelo menos 308 votos, em dois turnos. Se os deputados fizerem mudanças na proposta, a PEC precisa voltar para o Senado.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, indicou que a votação da PEC da Transição na Câmara deve acontecer ainda nesta terça (20).
No domingo (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou que os recursos destinados ao pagamento de benefícios para garantir a renda mínima aos brasileiros estão fora da regra do teto de gastos.
O ministro fixou também entendimento de que pode ser garantido dinheiro para o Auxílio Brasil pela abertura de crédito extraordinário e que deve haver verba suficiente para que seja mantido o valor de, pelo menos, R$ 600.
Já no exterior, o destaque ficou com o ajuste inesperado do banco central do Japão em seu controle de rendimento de títulos, juntando-se a seus pares globais no esforço para conter a inflação e em um movimento que busca aliviar alguns dos custos do estímulo monetário prolongado.
Com a mudança, o BC japonês permitiu que o rendimento dos títulos de 10 anos se mova com uma banda de 0,50 ponto percentual (p.p.) tanto para cima quanto para baixo em relação à meta de 0%, contra faixa anterior de 0,25 p.p..
A decisão, segundo o presidente do BC do Japão, Haruhiko Kuroda, tem o objetivo de eliminar distorções na forma da curva de juros e garantir que os benefícios do programa de estímulo sejam direcionados aos mercados e empresas.
Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/12/20/ibovespa.ghtml