Por que cientistas querem mudar o nome do telescópio espacial James Webb?

Denominação foi usada para homenagear antigo administrador da Nasa que é acusado de perseguição à comunidade LGBTQIA+

Por que cientistas querem mudar o nome do telescópio espacial James Webb?

RESUMINDO A NOTÍCIA

  • Webb foi acusado de ser cúmplice do governo dos EUA na demissão de funcionários LGBTQIA+
  • Os LGBTQIA+ eram considerados um perigo e vistos como "um mal a ser combatido"
  • Nasa disse que não encontrou evidências que justifiquem a mudança do nome do telescópio

Imagens do telescópio James Webb, o mais potente já colocado no espaço, fizeram sucesso na última semana ao mostrarem, pela primeira vez, registros de galáxias distantes formadas após o Big Bang.

A empolgação, porém, reacendeu pedidos de algumas comunidades científicas que querem renomear o instrumento espacial por causa do suposto envolvimento do cientista da Nasa James Edwin Webb em políticas governamentais de perseguição à comunidade LGBTQIA+.

Após ser subsecretário de Estado dos EUA, entre 1949 e 1952, Webb se tornou o segundo administrador da agência espacial americana, cargo em que permaneceu de 1961 a 1968

Ao longo desses sete anos, ele foi acusado diversas vezes de ser cúmplice do governo americano na demissão sistemática de funcionários LGBTQIA+, ação que ficou conhecida como parte da Lavender Scare (Susto de Lavanda, em tradução livre).

Nessa época, pessoas que não se identificavam como hétero ou cis eram consideradas um perigo aos EUA e vistas como "um mal a ser combatido". Elas eram forçadas a se demitir ou eram demitidas do serviço público por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

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Apesar disso, a organização de defesa Just Space Alliance divulgou um documentário de 40 minutos que detalha evidências do envolvimento de Webb em políticas discriminatórias. 

“Acho que a Nasa está dificultando a vida de todos por não estar disposta a iniciar ou até mesmo participar de uma espécie de conversa transparente e aberta sobre o assunto em questão, com esse nome específico para esse telescópio específico e a ideia de como podemos nomear telescópios e outros instrumentos em geral”, diz o astrofísico Brian Nord no filme.

  • Nesta segunda-feira (11), a Nasa revelou a 'imagem infravermelha mais profunda e nítida do universo primitivo'. Trata-se dos primeiros registros das galáxias formadas após o Big Bang. Essas formações ocorreram 13 bilhões de anos atrás. São grandes as expectativas com relação ao que o James Webb pode revelar sobre a evolução do universo
  • landscape of “mountains” and “valleys” speckled with glittering stars which is actually the edge of a nearby, young, star-forming region called NGC 3324 in the Carina Nebula. Captured in infrared light by the JWST, this image reveals for the first time previously invisible areas of star birth. The JWST is the most powerful telescope launched into space and it reached its final orbit around the sun, approximately 930,000 miles from Earths orbit, in January, 2022. The technological improvements of the JWST and distance from the sun will allow scientists to see much deeper into our universe with greater detail.
  • composit of the information captured by the Near-Infrared Camera (NIRCam) and Mid-Infrared Instrument (MIRI) on the James Webb Space Telescope (JWST) showing a landscape of “mountains” and “valleys” speckled with glittering stars which is actually the edge of a nearby, young, star-forming region called NGC 3324 in the Carina Nebula. This image reveals for the first time previously invisible areas of star birth. The JWST is the most powerful telescope launched into space and it reached its final orbit around the sun, approximately 930,000 miles from Earths orbit, in January, 2022. The technological improvements of the JWST and distance from the sun will allow scientists to see much deeper into our universe with greater detail.
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  • A Nasa divulgou nesta terça-feira (12) novas imagens capturadas pelo telescópio James Webb — o equipamento de observação mais poderoso já lançado ao espaço. A mais de 1 milhão de quilômetros de distância, o dispositivo conseguiu mostrar galáxias de 13 bilhões de anos. Nesta imagem, o telescópio capturou “montanhas” e “vales” repletos de estrelas brilhantes que são, na verdade, a borda de uma região jovem e próxima de formação de estrelas chamada NGC 3324, na Nebulosa Carina
  • Fonte:https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/por-que-cientistas-querem-mudar-o-nome-do-telescopio-espacial-james-webb-18072022