MATO GROSSO DO SUL: 48 ANOS DE HISTÓRIA E PUJANÇA
O dia 11 de outubro marca o aniversário de 48 anos de Mato Grosso do Sul, um dos estados mais jovens da federação, cuja história, contudo, é pavimentada por um antigo anseio de autonomia. A trajetória do estado, emancipada do Mato Grosso em 1977, é um estudo de caso sobre a força da identidade regional e a resiliência de seu povo.
O movimento divisionista, cujas raízes remontam ao início do século XX, ganhou força a partir dos anos 1920, impulsionado pela insatisfação das oligarquias do sul com a falta de investimentos e a distância do poder central, sediado em Cuiabá. As reivindicações, inicialmente com focos esporádicos, se consolidaram em uma luta política que perdurou por décadas.
Linha do Tempo da Autonomia:
1977: O marco definitivo. Em 11 de outubro, o então presidente Ernesto Geisel sanciona a Lei Complementar nº 31, criando o novo estado. A decisão, tomada durante o regime militar, visava, entre outros fatores, estimular o desenvolvimento regional e fortalecer a ocupação da fronteira oeste.
1979: A instalação oficial. Em 1º de janeiro, Mato Grosso do Sul é efetivamente implantado, com a posse do primeiro governador, Harry Amorim Costa. Campo Grande é confirmada como capital, e a Assembleia Constituinte estadual é formada, culminando na promulgação da primeira Constituição Estadual.
Décadas Seguintes: O novo estado foca na consolidação de suas estruturas administrativas, na atração de investimentos e na expansão do agronegócio.
A Pujança do Século XXI
Ao completar 48 anos, Mato Grosso do Sul exibe um vigor econômico notável. De "Estado-modelo" sonhado em sua fundação, tornou-se uma referência nacional. O agronegócio, pilar histórico, continua forte, consolidando o estado como um celeiro global, com grandes rebanhos bovinos e alta produtividade de grãos.
Entretanto, a economia se diversificou. O estado lidera o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na região Centro-Oeste e investe em setores como o turismo ecológico, com o Pantanal e Bonito como ícones internacionais, e a indústria, com o polo de celulose em Três Lagoas.
O futuro, marcado por um forte foco em sustentabilidade e na atração de novas tecnologias, promete um desenvolvimento ainda mais próspero, reafirmando a identidade audaz e o potencial de Mato Grosso do Sul. A história do caçula da federação é uma celebração da perseverança e da capacidade de se reinventar.
Por Pedro Lopez
