Tem tendência definida: Meio de semana com preços do boi gordo andando de lado

O mercado brasileiro do boi gordo segue operando sob a influência do típico enfraquecimento da demanda doméstica de carne bovina a partir da segunda quinzena do mês, período marcado pela queda no poder aquisitivo da população, reflexo do esgotamento dos salários recebidos no início do mês.
Com um consumo de carne bovina fraco na ponta final, os frigoríficos reduziram a busca por animais terminados, dizem os analistas.
Por sua vez, o mercado de balcão (“spot”) segue com poucas ofertas de boiadas gordas, mas as indústrias ainda trabalham com escalas de abate confortáveis — as programações já avançam para outubro/25, com média nacional de nove dias úteis —, que são sustentadas sobretudo por contratos a termo firmados com pecuaristas e pelo volume de animais confinados pertencentes aos próprios frigoríficos.
Tal conjuntura criou um ambiente de estabilidade nos preços do boi gordo nas principais praças brasileiras, com certo afastamento da pressão de baixa observada nas primeiras semanas de setembro/SP.
Nesta quarta-feira (24/9), de acordo com os dados da Agrifatto, o boi gordo é negociado por R$ 310/@ nas praças paulista, sem premiação para o “boi-China — ou seja, vale os mesmos R$ 310/@. Nas 16 outras regiões monitoradas diariamente pela Agrifatto, a média da arroba se manteve em R$ 292.
Segundo apuração da Scot, em São Paulo, o ritmo de negócios do mercado está moroso. “Algumas indústrias, com escalas satisfatórias, permanecem fora das compras e aguardam como será o mercado nos próximos dias”, ressalta a Scot.
Como mencionado pela Agrifatto, a Scot diz que a oferta de bois de cocho ajuda na composição de escalas, o que permite especulação por parte de algumas indústrias.
Nesse sentido, os preços de todas as categorias de abate apuradas pela Scot ficaram estáveis nesta quarta-feira.
Com isso, o boi gordo “comum” continua cotado em R$ 305/@ na praça paulista, enquanto o “boi-China” é negociado por R$ 308/@ (com ágio de R$ 3/@), a vaca gorda vale R$ 280/@ e a novilha terminada é vendida por R$ 295/@ (todos os preços brutos, no prazo).
No mercado futuro, os contratos do boi gordo voltaram a recuar na sessão de terça-feira (23/9) da B3. Destaque para o papel com vencimento em novembro/25, que encerrou o pregão a R$ 316/@, uma baixa de 1,25% em relação ao dia anterior.
Atacado e varejo
Nesta quarta-feira, informa a Agrifatto, a disponibilidade de boi castrado segue restrita, enquanto o dianteiro e a ponta de agulha apresentam oferta abundante, sobretudo para a produção de charque, segmento que enfrenta dificuldades em razão do mercado retraído e das chuvas e temporais, que comprometeram a fabricação e o acabamento dos produtos.
Nas negociações semanais, habitualmente realizadas às quintas-feiras, o volume de carne com osso ofertado pelos frigoríficos ao atacado permanece estável em comparação às semanas anteriores, acrescenta a Agrifatto.
“Embora o ritmo das vendas esteja mais lento, focado principalmente no abastecimento dos últimos dias de setembro, há sinais de uma leve sustentação nos preços, sem indícios de novas quedas”, observa a consultoria.
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Fonte: DBO