Covid: o que se sabe sobre a variante BA.2.75, que pode ser mais transmissível que a Ômicron

Nova sublinhagem já foi detectada em 11 países e impressiona especialistas por quantidade de mutações e capacidade de escapar de imunidade

Covid: o que se sabe sobre a variante BA.2.75, que pode ser mais transmissível que a Ômicron

RESUMINDO A NOTÍCIA

  • Variante é considerada de “segunda geração”
  • BA.2.75 pode reinfectar pacientes que já testaram positivo para a antiga cepa dominante (BA.2)
  • Especialistas sugerem que a variante vai chegar ao Brasil
  • Situação é alarmante mesmo se a nova cepa não continuar progredindo

Onde a BA.2.75 foi detectada primeiro?

A nova cepa foi identificada pela primeira vez na Índia, em maio, e apontada como responsável pelo crescimento dos casos de Covid-19 no país. 

A BA.2.75 está ultrapassando a variante BA.5, que respondia pela maioria dos casos no território indiano. Em entrevista ao portal de notícias Stuff, da Nova Zelândia, a virologista Jemma Geoghegan, professora da Universidade de Otago da Nova Zelândia, afirmou que a composição da sublinhagem sugere que ela evoluiu de uma infecção humana persistente.

Sendo assim, pessoas, provavelmente imunocomprometidas, não eliminaram o vírus no período normal de até duas semanas, o que permitiu que ele continuasse sua evolução.

Qual a transmissibilidade?

De acordo com especialistas, a variante tem oito mutações na proteína Spike – partícula do Sars-CoV-2 que ajuda o vírus a entrar na célula humana – adicionais em comparação com a sua cepa de origem, a BA.2.

O virologista Tom Peacock, do Departamento de Doenças Infecciosas do Imperial College de Londres, publicou no Twitter que "nenhuma dessas mutações individualmente é sinalizada como preocupante, mas o aparecimento de todas juntas, de uma só vez, é outra questão".

A presença das diversas mutações pode colaborar para o escape da nova cepa das vacinas já existentes e aumenta a taxa de transmissão de Covid. 

O que preocupa os cientistas?

Uma das maiores apreensões dos pesquisadores é a localização das mutações, que pode demonstrar uma possibilidade de a Centauro reinfectar pacientes que já testaram positivo para a antiga cepa dominante, a BA.2. Isso significa que um indivíduo que já se infectou pela subvariante Ômicron (BA.2) pode pegar Covid-19 novamente se entrar em contato com a BA.2.75. 

O Instituto de Saúde Pública da Holanda (RIVM, na sigla em holandês) observou que a variante de segunda geração “parece” ser capaz de escapar mais facilmente da proteção acumulada contra o coronavírus do que outras devido a pequenas mutações específicas.

Ao Stuff, a professora Jemma Geoghegan disse que duas mutações são “particularmente preocupantes”. Uma está relacionada ao potencial de escapar “completamente” dos anticorpos, evitando a proteção imunológica.

A outra parece aumentar a capacidade do vírus de se ligar às células humanas – aumentando a eficiência com que infecta as células.

Fonte:https://noticias.r7.com/saude/covid-o-que-se-sabe-sobre-a-variante-ba275-que-pode-ser-mais-transmissivel-que-a-omicron-20072022