Vítima de execução na fronteira tinha histórico de tráfico e estelionato

Outubro 20, 2025 - 14:50
Outubro 20, 2025 - 14:55
Vítima de execução na fronteira tinha histórico de tráfico e estelionato
(Divulgação)

Jonathan Medeiro da Fonseca, de 31 anos, executado a tiros no estacionamento de um shopping na Linha Internacional no início da tarde desta segunda-feira (20), tinha um extenso histórico criminal, incluindo acusações de tráfico de drogas, estelionato e falsificação de documentos, segundo a polícia.

Natural de Santa Catarina e residente em Coronel Sapucaia, Jonathan havia sido preso em novembro de 2016. As investigações da época apontavam que ele integrava uma quadrilha especializada em clonagem de cartões de crédito e fraudes na internet, causando prejuízos financeiros aos titulares das contas.

A prisão em 2016 ocorreu após denúncia anônima que levou a polícia à residência de Jonathan em Coronel Sapucaia, onde foram encontrados produtos comprados com notas fiscais em nome de terceiros, supostamente vítimas do golpe.

Na ocasião, Jonathan Medeiro tentou se identificar falsamente como "Fábio Júlio Medeiro da Fonseca", apresentando uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspeita. A farsa foi descoberta após investigações que revelaram que o verdadeiro nome era Jonathan e que ele possuía um mandado de prisão em aberto em Santa Catarina.

No aparelho celular do suspeito, a polícia encontrou não apenas mensagens sobre o esquema de estelionato com comparsas em diversos estados, mas também imagens (prints) de drogas, dinheiro e armas, além de vídeos de plantações de maconha e fotos de veículos usados como moeda de troca, evidenciando seu envolvimento com o tráfico.

Recentemente, a vítima da execução tentou ingressar na política, sendo candidato a vereador em Coronel Sapucaia, mas não se elegeu.

Jonathan foi atacado por pistoleiros ao chegar ao centro comercial na caminhonete Ford Raptor vermelha. No ataque, o paraguaio Eduardo Flor Cantalupi, natural de Capitan Bado, também foi ferido.

Apesar dos ferimentos, Cantalupi conseguiu dirigir o veículo até o Hospital Regional de Pedro Juan Caballero, onde foi socorrido. O seu estado de saúde não foi divulgado. A Polícia Nacional informou que os criminosos fugiram em um carro branco e está utilizando as imagens do circuito de segurança do shopping para identificação.

O caso está sob investigação e, devido ao histórico da vítima e ao modus operandi na Linha Internacional, as autoridades paraguaias trabalham com a hipótese de acerto de contas.